A EDP - Electricidade de Portugal afirmou não estar interessada no reforço da sua participação no capital da Optimus, notícia veiculada pela edição de hoje do Semanário Económico.

Em declarações à Digito, Paula Pitta da Fonseca, directora do gabinete de comunicação e imagem da EDP, desmentiu tal notícia, afirmando não ser intenção da EDP aumentar a sua participação no capital da operadora móvel do grupo Sonae nem encarar a desistência da ONI Way.

Também a Sonae SGPS, em comunicado, referiu que ''não tem qualquer intenção de alienar a sua operacional Optimus'', acrescentando que ''não existe à data nenhum tipo negociações com a EDP em particular, ou qualquer outra empresa nacional ou internacional para a venda da Optimus''.

A notícia surgiu na edição de hoje do Semanário Económico, que dava conta de conversações entre Belmiro de Azevedo e a eléctrica nacional ''no sentido de uma potencial alienação''. Recorde-se que a Sonae detém 45,89 por cento da Optimus, a France Telecom 20 por cento, o IPE – Investimentos e Participações do Estado com cinco por cento e a Maxitel (apesar de todas as dificuldades económicas e financeiras) com 3,62 por cento.

O semanário acrescenta ainda que o negócio passaria também pela exploração da licença de UMTS da Optimus por parte da EDP, em detrimento da que já detém através da Oni Way (subsidiária da Oni).
Esta situação seria vantajosa dado que traria vantagens óbvias para o grupo EDP, uma vez que a Optimus já explora uma rede móvel de segunda geração (GSM e GPRS) e conta com mais de 1,6 milhões de clientes.
Pelo contrário, a Oni Way, depois de perdida a licença de Televisão Digital Terrestre e com o adiamento do início das actividades da terceira geração móvel, ''torna-se um peso morto no grupo de telecomunicações durante mais de um ano''.

A verificar-se o cenário adiantado pelo Semanário Económico, a EDP estaria a inverter a estratégia de venda da sua participação na Optimus (25,49 por cento), obrigação imposta pelo Estado para que não acumule uma posição superior a 10 por cento em mais de do que uma operadora licenciada para a terceira geração móvel.

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